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terça-feira, 20 de novembro de 2007

A ESTÉTICA DE ARISTÓTELES – A POÉTICA

Ø A vida de Aristóteles

Nasceu em Estagira em 384 a.C, Macedônia. Com cerca de 20 anos foi para Atenas estudar na academia platônica onde permaneceu por 20 anos. Depois que Platão morreu Aristóteles foi para Assos, onde conheceu e casou-se com Pítias sobrinha de Hérmias, tirano local. Foi chamado por Felipe II para ser preceptor de Alexandre, o Grande, até sua ascensão e ficou com ele até sua morte.
Aristóteles foi um filósofo grego, um dos maiores pensadores de todos os tempos.
Foi considerado criador do pensamento lógico, por ter estudado uma variada gama de assuntos, e por ser um discípulo que, em muitos sentidos, ultrapassou seu mestre Platão.


Ø A Poética

A arte da poética foi feita com a junção de resumos do material que Aristóteles usava nas suas aulas. Originalmente, a arte da poética compreendia-se em dois livros, sendo que o exemplar número dois se perdeu de maneira ainda inexplicável. Não só o livro da poética desapareceu, nessa época, vários exemplares de outros autores também sumiram, além de outros serem mutilado por conta do seu conteúdo que suscitava o terror e o drama, estes livros talvez fossem de boa qualidade e que poderia mexer com a opinião pública. Por Aristóteles ter comentado somente uma vez sobre a catarse no livro 1 acredita-se que nesse livro, que se perdeu, possuía o significado de catarse, com certeza Aristóteles teria explicado em que consiste aquela purgação de terror e piedade a que visa a tragédia.
No livro 1, A Poética, Aristóteles começa seus primeiros capítulos dando o conceito de poesia , chegando a conclusão que a mesma seria a imitação da ação. Aristóteles acreditava que o homem tinha uma tendência de imitar e em segundo lugar predominava a melodia e o ritmo.
A mímese é um ponto fundamental na poética de Aristóteles, esse termo é o conceito de imitação da ação. Aristóteles discordou de seu mestre Platão pois achava que o ser humano era capaz de fazer uma cópia da arte e isso não é divino.
Mas essa imitação ele divide em duas espécies: A narrativa, imitação na forma escrita que recebe o nome de epopéia e a dramática, imitação através da ação que recebe o nome de tragédia e comedia.
Na segunda parte do seu livro ele se dedica ao estudo da tragédia e começa na definição: “é, pois, a tragédia uma ação austera...” (A Poética, cap. VI) . Ele enumera os elementos qualitativos do drama: espetáculo, elocução, pensamento, mito e caráter. E o os elementos quantitativos: prólogo, episódio, êxito e coral, mas para Aristóteles só os qualitativos era essencial à tragédia. E desses elementos qualitativos o mito era o mais importante pois, de certa forma, todos os outros reduziam-se ao mito, porém Aristóteles tinha um grande problema pelo fato de não conseguir determinar o procedimento que o poeta deve seguir para obter do mito as emoções de terror e piedade.
No final do capitulo da tragédia Aristóteles faz uma comparação entre a tragédia e a epopéia preparando as páginas subseqüentes para a comedia e a poesia Jâmbica.
Define a comédia em termos análogos aquele que definia a tragédia, isto é, colocaram o ridículo no lugar do austero, o prazer e o riso no lugar do terror e da piedade. Os elementos da comédia são o mesmo da tragédia.
Para Aristóteles os elementos na beleza era a ordem e a simetria, o belo era universal e necessário e a fealdade e o estranho fazia parte da obra de arte.


Ø Roteiro Hollywoodiano

O roteiro Hollywoodiano é composto de três partes principais (ato 1, apresentação; ato 2, confrontação; ato 3, resolução) onde Aristóteles definiu três unidades de ações tramáticas: tempo, espaço e ação. O paradigma é a forma estrutural onde estão colocados essas três partes, dentre essas três possuem Plot Point ou ponto de virada que fazem com que a trama chegue a um ápice que move cuidadosamente a historia no sentido da resolução, esta onde se finaliza a trama com todos os questionamentos resolvidos.
Ato 1 : é composto de trinta páginas, cada página refere-se a um minuto onde nas dez primeiras páginas está a unidade de ação dramática e a parte mais importante do roteiro, pois há a necessidade de mostrar o personagem principal, a primeira dramática da história e a circunstância em forma da ação.
Ato 2: é uma unidade de ação dramática de aproximadamente sessenta páginas ou minutos. O personagem enfrenta obstáculos após obstáculos, que impede alcançar sua necessidade dramática que significa que o personagem principal quer vencer, ganhar, ter ou alcançar durante o roteiro.
Ato 3: Coesão dentro do contexto dramático, o que não significa o fim e sim solução. É quando se define a trajetória do personagem.
Plot point: é o ponto de virada do roteiro onde acontece qualquer incidente, episódio ou evento que “engancha” na ação e reverte noutra direção. Podem ocorrer vários pontos de virada ao longo do roteiro, são esses pontos que deixam a trama mais interessante e atrativa para quem tá assistindo.


Ø O Mistério da Catarse

Aristóteles diz que a tragédia, quando suscita terror e piedade, tem um efeito purificador desses sentimentos. Essa definição de Aristóteles sugere variadas interpretações e sejam quais forem esses sentimentos, paixões, terror e piedades seria insensato interpretar catarse como EXPURGAÇAO, já que aceitaríamos o fato de empreender uma ação com a finalidade de eliminar o próprio efeito. E esse foi o sentido mais atribuído a esta palavra nas versões da POETICA no meado do século 19.
Então, se catarse são significa expurgação eliminatória dos sentimentos, podemos dizer que seja uma PURIFICAÇAO e que o sentimento de terror e piedade sejam resultado da ação catártica da tragédia.
Terror e piedades se relacionam entre si e ambos se relacionam com a tragédia. Referem-se à fábula, esta que se refere a ambos os afectos (Defeito de expressão escrita ou oral que consiste na falta de naturalidade e sobriedade da linguagem e do estilo.)
Terror e piedades são sentimentos relacionados a situações trágicas que segundo Aristóteles é a do “homem que não se distingue pela virtude ou pela justiça,; se cai no infortúnio, tal não aconteceu porque era vil ou malvado, mas por força de algum erro.”
O terror nos invade ao vermos o nosso semelhante infeliz. A piedade é a tonalidade emocional de uma atração e o terror de uma repulsão.


(Marianna Santos)

Um comentário:

Unknown disse...

Cara ANNa,
Achei muito legal
seu texto sobre Aristóteles.
abraços
bia