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quarta-feira, 16 de abril de 2008

Confissões em um ônibus



Sabe aqueles dias que você não quer falar com ninguém?! Pois assim estava naquele dia, sai da minha entrevista sem vontade de ir para casa, então fui ao shopping tomar um soverte, quando estava saindo avistei o ônibus mais nem corri estava mesmo sem vontade de ir para casa. Mas não teve jeito cheguei ao ponto e logo passou outro, para não ficar muito tarde resolvi pega-lo, sentei na janela e fui logo pensando e viajando em meus pensamentos. O ônibus ainda demorou no ponto, entrava muita gente. Estava olhando para a janela entretida em meus pensamentos quando um rapaz bonito e bem vestido e também com um sorvete em uma das suas mãos, sentou ao meu lado, mas não dei muita importância, estava envolvida em meus pensamentos e definitivamente não queria sair deles. Fui bruscamente interrompida quando tentava imaginar um assunto para minha crônica, ela devirá estar pronta para a próxima aula. Quando de repente escutei uma conversa saindo do meu lado esquerdo: esse ônibus nem demorou né?! Olhei para o lado no canto do olho rezado para que ele estivesse falando com outra pessoa. Mas não era ele falava comigo mesmo...
Aquilo foi como um balde cheia de água fria em minhas idéias, poxa ninguém avisou a ele que eu não queria falar agora?! Como minha educação não permitia que o deixasse ali falando sozinho respondia sem paciência com um dialogo monossílabo que se resumia em sim, não e às vezes um sorriso. Sempre me diziam que eu tinha um lado para psicóloga, mas definitivamente aquele não era nem o lugar nem a hora certa, estava com muitos problemas na cabeça para ouvir ainda os de outras pessoas. Mas não pude fugir, a conversa foi se prolongando e eu fui forçada a ouvir, ele começou falando de sua faculdade, de sua vida, e o papo foi ficando serio e perigos, naquele momento era necessário que eu parasse de ser egoísta e ouvisse e desse atenção a aquele menino, ele precisava de mim e quem sabe eu também precisava dele naquele momento. Ele estava depressivo, infeliz com a vida, tinha que sair do meu mundinho particular para dar um alivio para ele, podia ser que não resolvesse e nem mudasse a sua intenção, mas ele ia se sentir ouvido.
E fui pelo caminho inteiro conversando com ele e percebendo que a necessidade se fazia recíproca, vendo que devia parar de prestar atenção só em mim e me abrir para as outras pessoas. A conversa estava até legal, mas fomos interrompidos pelo ponto dele que havia chegado. Antes de descer ele olhou para traz me sorriu e mandou um tchau e seguiu seu caminho. Depois daquele dia não parava de pensar nele e depois que ele desceu não conseguia voltar para meus pensamentos. Depois de três dias a noticia: corre Marianna um cara se jogou do viaduto... Fui correndo ver, a imagem daquele menino desesperado me sorrindo e ao mesmo tempo pedindo ajuda não me saia da cabeça, será que foi ele?! Não podia ser! Era tão novo! Tudo isso me passava à cabeça enquanto eu ia para o local do acidente. Muita gente olhando em volta do corpo, não conseguia ver quem era a pessoa, mas pêra ai, quem é aquela pessoa do outro lado da rua?! Era ele, com certeza, graças a Deus ele não cometeu nenhuma besteira. Ah que bom! Pelo menos agora poderia sossegar. E enquanto a crônica e os meus pensamentos?! Ah! Quer saber?! Deixei-os de lado, quero para de ser egoísta e pensar mais nas pessoas sem preconceito.
(Marianna Santos)

4 comentários:

YUKITA ^_^ disse...

se nao fosse tao grande, se nao fosse tao doloroso [para minha visao míope] ficar diante dum contraste black/pink, e se eu nao estivesse com sono, eu leria e comentaria cabalmente!

abraçoZ

YUKITA ^_^ disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
YUKITA ^_^ disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
YUKITA ^_^ disse...

agora sim,

eu li, e:

"...será que foi ele?! Não podia ser! Era tão novo! Tudo isso me passava à cabeça enquanto eu ia para o local do acidente. Muita gente olhando em volta do corpo, não conseguia ver quem era a pessoa, mas pêra ai, quem é aquela pessoa do outro lado da rua?! Era ele, com certeza, graças a Deus ele não cometeu nenhuma besteira. Ah que bom! Pelo menos agora poderia sossegar."

ou seja,
que se lixe o morto, meu gatinho do sorvete da vivo.

LOL

[desculpa, nao resisti]